VIGILANTE–XXV–O PLANO DO GARROTEADOR
O plano do Garroteador tomava forma.
Diante da confissão de S., Figueiredo teve acesso pleno para operar o detetive:
--- Pois que essa pequena falha fique entre nós, meu caro detetive. Podemos fazer mais com ela do que sua força tarefa inteira. Ou me diga caso estiver enganado, não é difícil trabalhar com policiais que amam essa vigilante?
--- Sim, senhor. Muito. E não sei se estão preparados para essa revelação.
Muito bem, deixe-me ver essa pulseira.
S. entregou a pulseira para Figueiredo.
Este já sabia de quem era a pulseira, mas o teatro fazia parte do jogo. Examinou a pulseira atentamente. Depois buscou a lupa e examinou-a com muito mais cuidado enquanto S. esperava ansioso.
--- Essa é uma pulseira muito valiosa, detetive. Poucas pessoas nesse país poderiam ter um objeto assim. Não vai ser difícil obter uma lista de quem adquiriu uma pulseira de safiras deste quilate.
E enquanto os maiores temores de Denise, que já sentindo sua identidade se estilhaçar, acabara de sentir falta da pulseira.
Estava em seu escritório na Mansuetto Tech quando aconteceu.
--- Imperdoável! – falou alto – Estúpida! Idiota! Sem noção!
A secretária que tomava notas espantou-se:
--- Mas o que foi que eu fiz, Srta. Denise.
--- Nada, Fernanda, estava pensando alto. Está dispensada.
--- Mas temos uma lista inteira de reuniões para hoje para conferir, srta...
--- Desmarque todas, vou tirar meu dia de folga.
--- Mas ao menos pode me dizer para onde vai?
--- Vou ver meu mentor. O dr. Figueiredo.
E deixou o escritório.
Foi à garagem, entrou em seu carro último tipo, pensando no que iria dizer ao seu mentor. Como ele poderia ajudar a encobrir o desaparecimento das safiras?
Mal sabia ela o que iria encontrar...


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