VIGILANTE XXIX–TOCAIA

girl-fantasy-weapon-snow-samurai-hd-wallpaper-preview

 

“Mas que porra é essa agora?” – pensava a vigilante enquanto dirigia-se para seu carro.

Se o texto era apavorante, Havia algo muito errado no subtexto que captara.

Caso S pegasse o senhor X, Figueiredo o defenderia, ganhando horrores em fama e publicidade e mais ainda quando se revelasse que o vigilante, na verdade era uma mulher disfarçada. Fora as horas em cash que cobraria de Denise.

Mas não era isso. Havia lá, naquela sala, envolvendo os dois homens e a atingindo no peito como um murro um miasma quase tangível de malícia, desejo, desconfiança e vingança.

A malícia, ela podia jurar, era irradiada por Figueiredo. Os outros miasmas eram parte integrante tanto de Paulo Figueiredo quanto de S. e se tornavam perceptíveis no tom de voz com que se falaram.

Aquilo era uma barra muito pesada para um mero instinto de fera predadora.

Precisava de seu cérebro de CEO bem sucedida agora. Além de sua aguçada intuição desenvolvida em anos de passarela, artes marciais e, finalmente como presidenta de uma grande fintech.

Alcançou o carro.

Sentou-se e deu a partida.

Alcançou um ponto cego entre duas grandes árvores cujas copas se encontravam projetando galhos e sombras que escondiam seu automóvel de qualquer pessoa que passasse pela entrada da casa de figueiredo.

Lá, entre as copas, raízes e escondido pelas sombras e troncos das árvores, Denise parou o carro.

Respirou fundo.

Fechou os olhos.

Abriu-os.

Focavam o vazio.

O coração à 48.

A respiração, mínima.

Meditou.

O tempo passou.

S. foi embora.

Denise esperou.

A noite chegou.

Denise respirou fundo.

Fechou os olhos.

Abriu-os.

Focavam Figueiredo.

O coração a 1000.

A respiração, profunda.

Acionou o traje sombra.

A meditação lhe iluminara o raciocínio e, agora, sabia exatamente o que fazer..

 

samurai girl

Comentários

Postagens mais visitadas