VIGILANTE–XXIV–IDENTIDADE REVELADA
O Garroteador sabia quem era o Sr. X.
O Garroteador havia escapado de um confronto direto com o detetive S.
E era um advogado criminal rico, muito rico...
O que lhe permitia lançar mão de incontáveis recursos. Porém, ele sempre preferia o mais ousado.
Decidira fazer do inimigo, um amigo.
Chamara S. para uma reunião.
S. aceitara por formalidade e obrigação. Um convite de Figueiredo era considerado irrecusável tanto no meio jurídico quanto no meio policial, onde o homem possuía uma vasta rede de contatos. Então S. decidira aceitar e não arriscar.
Ficou surpreso com o que Figueiredo revelou:
--- Sei que o vigilante do qual sua força tarefa está encarregado é uma mulher.
S. olhou-o estarrecido.
--- Como o senhor sabe disso?
--- Minhas fontes são confiáveis, meu caro detetive, porém não de caráter totalmente legal. Digamos que alguns observadores flagraram-na com o que chamaram de camuflagem avariada e, apesar, de não conseguirem identificar o rosto, conseguiram claramente enxergar as formas de uma mulher.
S. engoliu em seco. As safiras pareciam queimar em seu bolso. Seu segredo não fazia mais sentido. O melhor seria revela-lo para quem dispunha de uma fonte que não poderia ser usada em julgamento e torcer para ganhar um aliado.
Foi o que fez:
--- Dr. Figueiredo, o que o senhor diria que eu já suspeitava disso. Veja – tira a pulseira de safiras do bolso e as mostra para Figueiredo – achei-a numa cena do crime e, confesso que sem saber porque, não a arquivei. Fiquei obcecado em descobrir a informação que o senhor acabou de me revelar.
Figueiredo quase caiu de sua confortável e cara poltrona.
Reconheceu de imediato a pulseira de estimação de Denise Monsuetto.
Caso tenha restado alguma dúvida sobre a identidade do Sr X. para o Garroteador, ela acabara de ser sanada.
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Mande fumo pro Curupira