VIGILANTE–XXI–ARMADILHA–PARTE 2
Ambos vieram até Denise, que, com a descarga elétrica, ficara inconsciente e seu traje sombra avariado.
O traje retraíra-se com a descarga elétrica e, se antes era uma camuflagem, agora, opaco, realçava as silhuetas femininas de Denise, para surpresa de seus inimigos:
--- Veja, Zelão, é uma dona!
--- Não interessa. Mesmo mulher, quem decide o destino dessa uma aí é o chefe . – e sacou o rádio – Chefe, pegamos o sujeito. Ou melhor - e riu – é uma sujeita.
A voz sibilou metálica do outro lado da linha.
--- Ótimo,ótimo. Pena que vocês a viram...
--- Como assim chefe?
Zip.Zip.
Dois disparos com silenciador.
O homem e a mulher que fingiram o estupro foram abatidos com dois tiros à queima roupa na cabeça.
De um dos inúmeros cantos escuros do prédio sai um mascarado.
Sua máscara lembra uma máscara de esqui, com linhas verticais cruzando todo o rosto e dando-lhe um aspecto temível, quase vampiresco.
É Figueiredo em seu disfarce de Garroteador.
Ele aproxima-se de Denise desmaiada, senta-se ao seu lado.
--- Ah, minha querida pupila, devo libertar-te deste mesmo fardo e manda-la para junto de seu pai como o fiz anos atrás, pois tudo é amargura. Doce é a morte, o resto é fel.
--- Pois tome chumbo, Garroteador – grita a voz de S. na escuridão, enquanto manda bala para cima do homem mascarado.
BLAM!BLAM!BLAM!
A escuridão é profunda, S. só conseguia mirar no vulto do sujeito que, depois do primeiro tiro arrebentar o balcão justamente ao seu lado, movia-se com velocidade espantosa.
BLAM!BLAM!BLAM!
CLIQUE...
A munição de S. chegara ao fim. Ele libera o tambor. Encaixa outro no revolver e procura seu alvo.
Tarde demais.
O Garroteador, nesse meio tempo, pulara a sua frente, torcera seu braço e com um único movimento desarmara S.
E o garroteara...
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Mande fumo pro Curupira