VIGILANTE–XXIII–DEPOIS ARMADILHA

 

 

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Quando S. finalmente recuperou-se do choque, não hesitou em despir a calça e apertar mais um prego em seu cinto de cilício. O selinho o havia excitado e confundido.

Como ele, líder de uma força tarefa para capturar o vigilante codinome Sr. X, não só retém pistas decisivas sobre sua identidade e ainda sonha com contatos íntimos com seu alvo.

E realiza esse contato.

Inaceitável.

Denise também achava a situação inaceitável. Agira por impulso, por brincadeira, como nos tempos de modelo. Estava tonta devido ao choque, mas a medida em que se recuperava achava a situação perigosa.

Havia provocado seriamente um policial, revelando parte de um sistema onde a sexualidade era a primeira defesa da identidade de Denise.

O que os jornais não iam dizer quando soubessem que O Sr. X. era uma mulher?

Fora tola, estúpida e fútil.

Tudo o que julgara ter deixado para trás.

Mas agora era tarde.

Teria que esperar para ver os jornais de amanhã.

Que surpreendentemente não noticiaram nada.

Ninguém abriu a boca sobre Denise ser uma mulher vigilante e não um homem.

Ela até ficaria feliz, caso um instinto inato não lhe dissesse que aquilo significava problemas.

De fato, estava cercada por dois inimigos muito perigosos.

De um lado, S. ajoelhado penitenciava-se sangrando pelas coxas, o cinto cada vez mais apertado e sua mente cada vez mais fragmentada pelos sentimentos amor-dever-ódio que nutria por Denise.

Por outro Figueiredo, o garroteador, analisava friamente a questão.

Falhara ao eliminar aquela ameaça ao seu reinado no Jaçanã. Falhara ao eliminar a única mulher que uma vez dominara seu coração.

E ainda por cima vira o beijo que ela dera em S.

Fervia em raiva e cíumes.

E isso não era nada bom...

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