VIGILANTE–XX–ARMADILHA–PRIMEIRA PARTE
O homem arrastava sua vítima para o interior de um prédio abandonado, convicto de que lá estaria mais seguro que ao relento.
Quando entrou no prédio, por baixo, Denise saltou.
Alcançou o topo do prédio abandonado e correu para as escadas. Desceu-as voando.
Estática soou na frequência policial do traje sombra. Logo a seguir uma voz:
--- Atenção unidades próximas ao Jaçanã. Testemunhas oculares relatam um 213 (estupro) em andamento. Unidades próximas à rua... n° 177 favor deslocar-se ao local.
E a seguir.
--- Central aqui é o Detetive S. Estou no caso. Outras unidades, desconsiderar chamado. Este caso já tem dono.
“Pois só se vc chegar na minha frente.” Pensou Denise. E apertou o passo.
S. pensava que com certeza era o tipo de crime que o Sr. X. se sentiria atraído. Ainda mais se fosse a maravilhosa mulher por trás das safiras...
“Não. Concentre-se. Homem ou mulher, este cara vai para o xilindró.” E, antes de apertar mais um prego na coxa, pensou: “ou para a cama, quer dizer, para a cova”.
Mal pensou isso e já brecou. Acabara de chegar no local do estupro. Um prédio decadente, sem eletricidade e frio como um breu.
Engoliu em seco e entrou.
Quando Denise chegou no térreo, não havia nada lá.
Nem vítima nem algoz.
O amplo espaço vazio do que fora uma antiga recepção de luxo, agora lúgubre e escura, só continha um antigo balcão com algo que refletia o pouco da luz que entrava pelas portas e janelas.
Por instinto Denise foi até ele o o tocou.
Imediatamente sentiu uma descarga elétrica violenta paralisar seus músculos.
Foi ao chão, quase desmaiada.
Ainda teve tempo de ver a mulher, vítima do estupro segurando uma pequena caixa com um botão.
Estava sorridente e recomposta e nada indicava que havia sofrido qualquer violência.
E pior, ao seu lado, estava o agressor, que agora revelava-se seu cúmplice numa armadilha para o Sr. X.
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Mande fumo pro Curupira