VIGILANTE XVIII–O CINTO DE CILÍCIO DO DETETIVE S.

SICK PASSION

 

 

S. precisava tirar o(a) vigilante da cabeça. O que interessava era a investigação, nada mais.

Porém, quando dava por si, lá estava ele segurando safiras perto do nariz, quase sentindo o cheiro de perfume francês imaginário da pulseira.

Tinha que ser uma mulher rica...

NÃO!

NÃO TINHA QUE SER NINGUÉM A NÃO SER UM SUSPEITO.

S. não conseguia se suportar.

Tomou uma decisão radical.

Foi à um colega que fazia cintos com um livro contendo uma foto especial:

--- Ei, Sebastião, como vai? Conhece esta peça?

E lhe mostrou um livro muito antigo contendo o desenho de um cinto com pregos voltados para dentro ao longo de todo o seu diâmetro. Pregos para serem cravados na carne de quem o usa.

Sebastião engole em seco:

--- Claro que sim, mas quem seria louco o suficiente para usar um troço desse.

--- Assunto confidencial policial, meu caro. Apenas faça, por gentileza.

Sebastião fez a peça em 24 horas. S. a retirou da loja, entrou num restaurante, foi ao banheiro.

Estava suando de excitação, essa atração incômoda por alguém que ele só conhecia através de assassinatos e de uma pulseira muito além de sua capacidade de imaginar seu real valor.

Ele estava quase ereto.

E a sensação doía, doía, doía.

DOR!DOR!DOR!DOR!DOR!DOR!DOR!DOR!DOR!

O cinto de cilicio passado ao redor da coxa, a correia apertada. Os pregos cravam-se na carne.

D

   O

      O

        O

          O

             R

               !

                 E alívio.

O tesão sumira.

O horror. Teu nome é excitação.

E o mundo inteiro tremeu querendo saborear as delícias de seu tormento.

    opus

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