A SOLIDÃO E A CIDADE

 

solitude

 

 

 

 

Hoje levei minha solidão para passear.

Ruas vazias sob o sol, brisa quente, céu azul.

Meu vazio tão frio.

Não conheço ninguém, busco, busco, busco...

Sei lá o que busco...

Onde interessar paro, parar, parei.

Inspiro.

Pessoas circulam nos formigueiros do fim de semana. Sapatos estalam no piso liso dos supermercados. No shopping, ouço vozes, vozes, vozes.

Mas não escuto nada.

Vários cafés alimentam minha ausência.

Nos horizontes da cidade, em cerol, enroscam-se pipas coloridas.

Tão sem cor estou.

Tão retalhado sou.

Expiro.

Meia volta, volver!

De minha solidão, lágrimas.

Destilo tudo em chuvas internas e silêncio.

Quem poderia me ouvir?

Sou esse fraco gemido em jejum.

 

solitude in river

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