AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA–A FUGA

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     ESPAÇOPORTO MUSK I

--- Oi, vc taí? Não vou poder mais ir a Titâ com vc. Descobriram tudo. Querem te prender. Quero que você vá. Sempre livre. Sempre aqui p vc. Bjs mil. Te amo.

“Livre, ela diz” pensou... Digitou no teclado holográfico uma rápida resposta.

--- Também te amo, boba. Como sempre livre? Jamais serei livre. Fugir, né, tá bom, fui. Sempre aqui por vc.

Engulo em seco, em instantes, estou no espaçoporto Elon Musk I, a uma hora de decolar para Fobos, num foguete pirata, nossas coisas ao meu redor, como a ressaca de um tsunami, enquanto as cores e rostos de todo o Cosmo Conhecido passam à minha frente. Pequenos pontos em câmera lenta. Tudo dera errado.

Havia rapado os créditos digitais da CosmicHyperloop, empresa de Elon Musk II, este sádico hexadimensional, mutante infernal que nos assombra em vida.

Transferi tudo, devidamente hackeados, código hash aberto em Linux IOS, para a Transportes Etéricos Moebius. Minha, minha nave, meu voo pirata para Titânia, capital livre da Rebelião. Consegui usando os códigos taróticos criados por Jodorowski e aprimorados pelo próprio Primeiro Piloto da Rebelião. E por Mariana.

Produtora cultural e neurohacker. Alucinada. Ela era foda.