AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA–O PLANO

joker

Andamos até o comando central da prisão. Todos os sacanas, de guardas até chefões, estavam sentados. Eretos. Braços estendidos ao longo do corpo. Olhos fixos à frente. Língua a mostra. Babavam. Eu havia ferrado legal a mente deles com neurotetradoxinas recombinantes bipolares. Eram menos que zumbis.

--- Como acha que achei você aqui e fiz isso? Os registros de sua prisão foram apagados. Também tenho meus recursos nanohackers, como bem pode ver – apontei os filhos da puta comedores de carniça babando saliva pela central de comando - Altamente secretos, experimentais, mas totalmente funcionais. Você é singular, eu sou plural. Complementamo-nos. Temos o mesmo inimigo em comum. Musk II. Que tal ouvir minha proposta antes enfrenta-lo sozinha?

Mariana contemplava os bastardos extremistas musknianos lobotomizados e sorria.

--- O senhor conseguiu minha atenção, Dr. A. Qual a jogada?

Expus o plano. Bolei-o, eu e a consciência. Nessa coisa éramos um só.

Eu mineraria e processaria Martinium no lado escuro de Fobos. Já não era Terra de Ninguém. Eu e a Consciência Almeida tratamos de adquirir o lado escuro de Fobos. Com a segurança paramilitar cibernética Almeida, expulsamos os contrabandistas de lá.

Em Fobos eu usaria o Martinium para pesquisas e testes de um projeto do Império Almeida que ainda não me fora totalmente revelado.

Mariana, neurohacker cognitiva, lavaria os créditos siderais conseguidos pela operação, e os mandaria diretamente para o Planeta Cofre Mercúrio. A Suiça Cósmica.

De lá para diversos IPs cósmicos simultâneos da Wild Sideral Web. Em código hash baseado na linguagem alfaoctaedrica de Mariana. Irrastreáveis. Para contas específicas que reinvestiriam os créditos siderais em atividades culturais.

Ela poderia ficar com os créditos siderais de nosso caixa 2.

Usar a grana levantada para produzir os artistas refugiados e oprimidos que tanto amava e financiar as operações da Rebelião. Podia fazer o que quisesse com os créditos.

Mas o Martinium era meu, ou melhor, da Consciência Almeida. Do Império Almeida.

--- Lá, bem nas veias do coração do Império Invísivel de Musk II. Poderíamos fazê-lo sangrar sem que sentisse o tamanho da ferida até ser tarde demais, querida.

     musk dedinho

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