AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA III–NO AP DE WOODY PEREIRA

TERRA UNDER THE DOME


---- TERRA – APARTAMENTO DE WOODY PEREIRA

O neurastécnico estava onde mais se sentia a vontade. Em sua oficina. Estudava os mecanismos de regeneração celular por sua conta e risco.

Usava todo o tipo de tecnologia que lhe caísse as mãos para isso. Nele, o dom de adaptar técnicas análogicas, digitais, atômicas e sub-atômicas era inerente e não reconhecido.

Ainda tentava entender o que acontecera e porque ainda estava vivo.

A lembrança da morte era terrível.

A Musktower parecera cair-lhe sobre a cabeça.

Mas havia algo movendo-se na escuridão, sedutor e traiçoeiro.

Estava altamente perturbado e no limite da sanidade. Porém, não errado. Este algo desconhecido era uma perspectiva, intuía, real.

Não delirara com a morte.

Havia feito contato com algo que não sabia explicar.

Havia decidido descartar o incidente e continuar a vida, encarar a perspectiva sombria de um cara desempregado numa distopia sem tirano.

Foi quando foi atingido pela consciência expandida do velho Almeida.

Apagou. Almeida o invadiu.

E começou a trabalhar.



-------------- Enquanto isso, em alguma probabilidade quântica do Universo em Expansão...

ESPAÇO QUANTI O

METRABIPES

      SATURNALIA

Ah, caro leitor, como vampiro sideral que sou,não podia lhe deixar de falar em saltos de operadores nanoquânticos em gironanometricos cálculos de paralaxes ópticas randômicas, mortes, sangue, a morbidez da polêmica Pink, quando da morte de Musk II

Ela era um exemplo controverso e polêmico. Em Vênus, suas conterrâneas dividiam opiniões acirradas nas redes sociais.

Uns eram fãs.

Outros haters.

Mas todas as seguiam.

Fora os homens que criavam avatares mulheres e tentavam comunicar-se com ela, com descarados e ignóbeis xavecos supostamente homossexuais.

Em Vênus, tudo é possível no ciber-espaço.

Mas e Pink?

Atônita e em lágrimas, tão salgadas quanto as de um vampiro como eu, lia os jornais em leitura meta-dinânimica sinestésica.

Foi quando pude, aqui, em pleno entrelaçamento quântico, perceber um sinal anômalo e extemporâneo atingindo o metaconsciente de Pink. Vi uma ideia vinda de Netuno, em transmissão sub-reptícia nascendo na delícia de Vênus e secando suas lágrimas.

A idéia de Vingança contra o indecifrável ser ancestral de olhos saturados com pulsantes efeitos hipnóticos que até a mim afetavam, o Judeu Errante, invadiu-a suavemente, como uma faca afiada penetra, num mergulho mortal, no músculo cardíaco. Rururorárá.

Ah, eu não caio nessa...

Você, querida dominatrix venusiana que trucide meu inimigo... Pois vou caçar em seu Planeta Natal, Vênus, das doces praias sulforosas de ácido e meninas bandidas comendo doces nas ruas subaquáticas.

Lá saciarei minha sede, linda sádica, por isso, vá e mate. Mate a todos.

Tem a minha benção, Rurororárá.

Eu também estarei matando em breve, no seu planeta natal...

mares de venus

Comentários

Postagens mais visitadas