AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA III–TRIÂNGULO BIZARRO

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--- TERRA – APARTEMENTO DE PINK E WOODY

Pink estava desesperada, chorava e ria ao mesmo tempo quando lia as velhas notícias contendo a descrição da singularidade que matou seu amado cheirinho e perfume de sua vida. Musk II

Vira do hololink místico holecraftiano a singularidade terrível torcendo o Survival Tesla de luxo do patrão e, pensava ela, futuro marido pois ela e Musk II haviam desenvolvido fortes laços empáticos e sexyhorsepowers de cara.

Bem como desenvolvera um ódio inominável pelo Judeu Errante, que, um dia, jurara, iria torcer todos as dobras e gosmices.

A DARK WEB a tunara. Ela matava a dar com pau toda noite. Era como sempre quis ser. Uma aranha.

Haviam lhe dado poderes que lhe permitiam fazer algo que sempre quis.

Saia a toda hora a todo momento, nos jornais. Mas atribuíam seus crimes aleatórios a um tal de sr X, de quem sacara a estratégia.

Mas sempre ficava com um travo amargo na boca. Até para assassinar, homens, primeiro. Quem iria imaginar uma mulher assassina? Tais, crimes, horríveis, olha isso, parecem cortes de garras, mas é como o sr. X ataca, só que ele usa lâminas, blá,blá,blá.

Ela ouvia tudo isso calada.

Gostaria muito de dizer a todo mundo orgulhosa, que uma boa parte dos crimes atribuídos ao misterioso vigilante noturno, ela cometia em parceria com Woody.

Desde a noite em que ele a salvara de Millius, ficou claro para ela que, finalmente, o bonzinho imbecil que Woody era havia, de um jeito que ela nem queria saber como, havia desaparecido.

Em seu lugar havia um cara sádico, luxurioso e experiente. Que ela adorara conhecer. Mal sabia ela, que Almeida, nesse meio tempo, já havia subjugado a personalidade de Woody, que, enfraquecida pelo choque da morte, ressurreição, simbiose e traumatismo craniano decorrente da traição do falecido companheiro Gomez, sucumbira a ser um incômodo grilo falante dentro de uma consciência que outrora controlava seu corpo, mas destituída definitivamente pelo velho Almeida, nada mais era que um grilo na cuca nada mais.
Almeida era frio e calculista com números e grana.

Fizeram fortuna comprando ações das start-ups mais fracas do legado de empresas caóticas deixados por Musk II.

Com suas randômicas mortes que lhe acentuavam a aparência inocente e fatal, mais sucessivas manobras capitalistas canibais e arriscadas, todas tendo ela como fachada - Pereira-Almeida guiando-a por trás dos bastidores e secretamente - tornara-se a venusiana mais assediada do Cosmos, um dos ídolos do planeta.

Só das mulheres, que fique bem claro.

Mas mesmo assim, ela era um exemplo controverso e polêmico.

Umas eram fãs.

Outras haters.

Pink atualizava suas redes sociais cósmicas em leitura meta-dinânimica que lhe levavam a loucura enquanto fazia xixi.

Adorava ouvir o longo jato de prazer do alívio.

Nessas horas era genial.

Como quando inventara seu codinome

Caranguejeira-Negra. (mal sabia ela, que tal nome era uma ordem subretptícia implantada nela pela Dark Web Sideralis, via Millius.)

Vingança. Amava essa palavra e a queria muito, mas muito mesmo....

Matar quem matou seu amado.

Por isso acolhera Woody. Ou ao menos a coisa que seu antigo amor platônico se tornara. Um amante satisfatório, um prazer e uma distração.

Examinara o sistema bioelétrico de Pereira, de olho no seu marca-passos.

Estava pleno de energia.

Era como se alguém mais coexistisse com ele. Woody tornara-se um cara sem pudores que a deixara saciada, mas ele, e isso Pìnk nunca entenderia nem aceitaria, em algum canto de sua mente, estava escondido, esgotado e triste.

Mas por ela, tudo bem. Sempre saia satisfeita. E ele, era um ótimo parceiro nas noites vigilantes.

Mas de dia, o ser que Pereira tornara-se, minereva, vendia, comprava e hackeava qualquer informação sobre o espesso caldo de start-ups que a explosão do Império de Musk II provocou no mercado de ativos.

Ficaram Milionários. Matavam como loucos.

Transavam até o êxtase.

O que mais ele queria?

Ela não conseguia entende-lo, nunca conseguira. Sempre tão puro, pacato e modesto, mesmo sabendo tudo o que sabia sobre regeneração celular...

Ela adorara a transformação, o olhar sacana que ele dava para sua bunda, as palavras sem vergonha, os bofetões, os gritos, o suor, o sangue e a morte.

Fora ele que propusera, não ela.

E agora isso... Essas crises depressivas sem explicação.

Esse sempre mesmo o que foi que eu fiz... que foi que eu fiz.

Sempre se arrependendo e pecando, tola disciplina moral, inútil, fútil, destruindo um relacionamento tão gostosinho...

Um dia ela não aguentou.

--- Você fez o que você fez, Woody, benvindo ao meu mundo. Aqui sou feliz. Se quiser voltar, já era. Tarde demais. Não, né. Sabia. Para que voltar? Agora e para o alto e avante. Se não topar, pode cair fora. Eu vou tomar um banho.

pink banheira

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