AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA III–A SITUAÇÃO EM MARTE

ruinas marte

Enquanto isso e desde há muito tempo atrás, quando em Marte foram deixados pelo dobra espacial criada por Mark I, o Primeiro Piloto e Tainá trataram de desarmar as poucas defesas restantes do Náutilus, espaço privee arruinado de Musk II em Marte. Fizeram dele seu refúgio para lamber as feridas. Cicatriza-las com a tecnologia da unidade hospitalar avançada do QG Privée de Musk.

T.O.R jazia, inconsciente e em transe pela descarga energética implantada por Mark I em Tainá para o conter em Titânia.

“Pena que foi tarde demais” pensava a jovem rebelde technoxamã.

Tainá, que coordenara em si o portal aberto por Mark I num espaço quântico não linear incompreensível para ela, estava confusa e preocupada.

O velho ferimento de guerra do Primeiro Piloto provocado num conflito com T.O.R fora aberto na batalha de Titânia. Se ninguém fizesse nada, e não havia nada para se fazer...

Preocupada, não, Tainá se segurava, mas beirava o desespero. Todos os sonhos pelos quais lutara, um lugar pacífico e equalitário para viver, seu amor, verdadeiro amor, por quem traíra Musk II e aderira com paixão a tantas batalhas e dores pela Rebelião.

E para isto. Um momento de glorioso e incompreensível poder, um poder que no instante em que se manifestava continha o conhecimento necessário para instrui-la a como usá-lo, mas que, uma vez utilizado, a deixava no vazio.

Dele, era apenas um receptáculo.

Mais nada. Como ali, no meio dos escombros da enfermaria de primeira classe do Náutilus, tentava de todas as maneiras salvar a vida do Primeiro Piloto, mas cansada, sentara e ao expirar, quase inconsciente de cansaço exalou seus pensamentos mais negativos:

--- Musk II ganhou. Não há mais nada e agora tanto faz...

E caiu naquele tipo de choro que desaba num sono misericordioso.

E Mariana, que a tudo observava, através do sintozoide, se descabelou de agonia. Era guerra. Não havia tempo de lamentar perdas civis do inimigo. Tinha que socorrer os seus. Os únicos líderes rebeldes restantes.

Mariana suspirou. Engoliu em seco, e, sem alternativa, forçou-se a se tornar a pessoa que a situação exigia. Virou a mesa e ordenou a Mark I de sopetão, totalmente no improviso.

--- Vamos para lá. Agora. Já. Temos que nos unir a eles. Essa guerra tem que acabar.

--- Não. O teletransporte seria demais para nós três – retrucou o sintozoide olhando para o ventre de Mariana curioso, espantado, os olhos de metal dilatados – Acredite em mim, por favor, você não pode ir. Está em gestação.

gestação mariana

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