AMORES CRIMINOSOS - ONDE O DETETIVE SERGIO DECIDE LEVAR A SERIO UM NOIA INFORMANTE.

POLICIA
CAPITAL DO ESTADO DE ..... CAFÉ COM INFORMANTE
Mas, se no mundo normal, ninguém conseguia reconhecer Julia e Peter, no submundo, nas profundezas pegajosas e sombrias dos seres que trafegam entre estes dois universos, o papo era outro.
Foi o que soube o detetive Sergio, totalmente sem querer, ao se encontrar com o informante T, que chegou e foi logo disparando:
--- Sei quem matou o presidente, senhor.
--- Não delira, T.
--- Conheço, sim senhor.
--- T, não vai me fazer perder meu tempo. Toma a grana do café, tou saindo.
--- Porra, cara, me ouve. Tem esse cara, um matador, tá ligado. Meio lenda. Fudido. Nunca errou na vida, nem uma furada, uma bala perdida. Uma máquina. Todos tem medo dele. E de repente, zaz, o cara some, toma rumo, pega a estrada com uma mina, é o que dizem. Aprontando mil. Tu sabe quem é não sabe?
--- T, fala novidade aí, quebrada. O casal criminoso. Jornalada ficando louco com os filhos da puta. Acham que são sei lá, Robin Hood, alguma porra assim. E nem grana dão pros pobres. Não entendo o povão.Se algum guarda botar a mão nestes dois, tamos linchados, tanto o povo gosta deles...
--- Cara, tu não se liga. Eles fazem o que querem e o que todo mundo acaba querendo fazer. Mas essa não é a novidade. Me falaram da garota. Me falaram de um cara que deixou a máfia, firmeza? A mina foi expulsa da casa do presidente, tá ligado? Vingança, detetive. E o cara, sei lá, a mina fodeu a cabeça dele. Ele é que tá com ela, puta killer. Mata com o que tem na mão. E só quando necessário. Quantos feridos você tem ai? Nenhum. Você não pode nem falar que foi atentado. Foi coisa de profissional. Foi ele. Ele tá com a mina. E eu vi a gata dormindo num conversível, irmão.... O casal criminoso, patrão. Foram eles que queimaram o presidente.
Sergio fixa o olhar frio em T. Ele apenas sorve o café.
--- T... Se você me fizer perder tempo, sabe o que acontece, né?
--- Patrão, eu tenho cara que gosta de xadrez ou de hotel cinco estrelas? Vai por mim. É o que rola de quente nas ruas. Tou dizendo.
Termina o café. O policia solta cincoentão por baixo da mesa. T vai embora. Sergio pede outro café. Pela vitrine da lanchonete consegue ver T andando nervoso balbuciando palavras desconexas na nóia do crack. Lixo humano. Mas é no lixo que eles encontravam as melhores provas. E o que T lhe dissera merecia consideração.
Muita mesmo.
Porque Peter não lhe era estranho, nem a ele, nem a sua falecida família. Como poderia?
Peter matara a todos.
FRANK
















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