2048 - ESLON MUSK II CONTRA ATACA - NOS DESTROÇOS DA CHICO DESESPERANÇA

TAINÁ. TAINÁ. TAINÁ.
O Primeiro piloto estava no laboratório no momento de toda a confusão na Chico Desesperança. Trabalhava numa atualização desesperada de seu shuriken biohackeado e num upgrade de seu piercing de mamilo. Queria aperfeiçoar a conexão com a Nostromo, principalmente com o sistema de armas, uma vez que, originalmente, só dispunha de controle dos braços nanoarticulados da nave. Para ter acesso a todos estes sistemas e testá-los, ele vestia seu traje espacial. Que imediatamente o alertou da invasão da nave. Na tela de seu capacete apareceu a ficha de Cacau.
--- Com os diabos segunda tenente, que porra é esta ? – abriu o comunicador no canal da segunda tenente.
---- Tenho que levar a nave para Titânia, piloto. Refém. Mais forte que eu. Meu tambor destruído por um ábaco que veio de algum ponto do cosmos não conhecido, piloto. Não posso resistir. – Cacau ativa o sistema de abastecimento e desacoplamento da El Saib III.
“Òtimo momento para testar o controle das armas da Nostromo”.
--- Nostromo, a mim! – a nave decolou do doque e passou rente à El Saib III. Cacau tremeu inteira. Sua mente recebia ordens para ativar armas. Resistiu. A Nostromo chegou ao lado do laboratório. O Piloto abriu comportas, em um momento estaria a bordo e Cacau conhecia o poder de fogo colossal da nave. Porém obedecer ao comando que invadia sua mente, essa vontade tão indescritível que adjetiva-la de malévola lhe parecia um eufemismo, a poderosa ambição do homem que resgatara do espaço a pusera a perder.
O homem se curvou em mesuras quando, com seu batuque de tambores de são luis digitalizados, livrou-o do peso do estranho monólito que lhe prendia as pernas. E começou a falar de como seus antepassados honravam seus salvadores conferindo-lhes presentes, títulos e glórias, vinculando-os à vida daqueles que os salvaram, pois sem o providencial livramento promovido por ela, Cacau, beleza negra afrodisíaca com nariz afilado dos Masali, que ele, Shed, o sheique dos caminhos negros da Africa Setentrional já trilhara, quando com Lorde Richard Burton, conhecia ela, claro que não, não era do seu tempo, as vezes ele, shed, “judeu errante chamam-me, já ouviu falar”. O nome despertou um calafrio em Cacau.
Todos sabiam do homem que negociara a alma à morte. O judeu errante devastara seus ancestrais. E la estava ele, que ela acabara de salvar, diante si, afirmando com um sorriso branco emoldurado por aquelas barbas ensebadas, algo asquerosamente amoral e mau intencionado. Sacou seu conga.
Calmamente, o xeique shed alcançou seu ábaco dependurado em marroquino carmim, numa das paredes acolchoadas em couro de camelo de sua nave, motel ambulante, rosa azul das galáxias, pica doce sideral, que deus ajude em cada uma de suas missões gozosas, mas lá está o xeique contando, cada pedra de quartzo negro do abaco produzindo um som que sacode as órbitas dos olhos de cacau, não o som do dinheiro, mas o som daquilo que tinha que fazer para ter seu maior anseio: Tainá.
---- Não, minha querida deusa da beleza africana, musica feita em carne, prazer para os olhos viciosos deste árabe naturalizado sírio, mas com cidadania sideral judaica.... Antes de Tainá..., que aliás, sei como a ter sem a raptar, pois é isto o que pensa, pois é isto o que pensam todos os que querem amar em liberdade, pobres tolos ridículos.... Fugir, a resposta para seus anseios de tesão e liberdade. Mas nada disto para você... Terá tua Tainá, não quer? – a voz do judeu errante era melíflua e calma, não continha uma negativa, por mais que proibisse Cacau de fazer o que queria, mas uma ideia. Uma ideia perniciosa que entrava em sua cabeça, em seu coração, seu âmago e a possuía. Pois estava inspirando altas doses de THC geneticamente modificado para tornar-se hipnótico e incisivo. Estava a mercê do Judeu errante.
Levaria o homem para Titânia. Pois era seu desejo dominar e reinar sobre a favela cadáver. E levaria para ele A El Saib III. Não havia problema nisto, pois no final, o THC lhe dizia, teria Tainá e seria feliz com ela, o paraíso lhe sorria.
Mas não estava preparada, com THC, judeu errante ou não para disparar o sistema de armas. Resistiu. A nostromo chegava perto e ela podia sentir os sensores das armas da nave do primeiro piloto rastreando a El Saib III, procurando falhas, analisando, travando mira.
Se fosse capturada, a voz do judeu errante, doce e triste, ecoou em sua cabeça como se fosse uma baforada de haxixe, caso capturada fosse, doce e macio ébano, sabor da amarula, jamais teria Tainá... Uma forte pontada sacudiu Cacau. A segunda tenente decidiu. Não usaria armas. Mas os flairs subsônicos defensivos causariam um bom estrago.
Assim que a Nostromo travou suas armas na El Saib III disparou.
E o primeiro piloto viu a ponte de comando da Chico Desesperança ir para o espaço enquanto Cacau escapava na el Saib em warp 10.
Imediatamente ejetou e voou até os destroços

TAINÁ. TAINÁ. TAINÁ
O capacete imediatamente buscou a assinatura genética da tupinambá. Encontrou-a numa capsula de sobrevivência alçando voo em orbita para Marte.
“Porque Marte?” pensou o primeiro piloto. Mas lembrou-se que não houvera tempo de reconfigurar o sistema de vôo das capsulas de sobrevivência. Teria que voar para Marte para resgatar Cacau.
Foi quando viu um corpo vestindo um traje espacial flutuando em sua direção.
O canal de Avila estalou em seu comunicador.
--- A vaca ciumenta deixou sua marca no meu rabo piloto. Mandei Thor reconfigurar uma nave de sobrevivência. Vamos para Titânia. Quero ver o que está por trás disto tudo, Raiva putaquepariu piloto, quero sangue.
---------- WASHINGTON DC – MUSKTOWER --


Eslon Musk II observa Avila e o Primeiro Piloto, via conexão com os seres tenebrosos das trevas.
Sua pele mutante gera ondas de prazer enquanto ele rumina sua nova ordem para o seu servo das sombras. Finalmente decide:
--- Asfixie Avila – E ri. Morto o contrabandista comandante, a culpa recairia em Cacau e seu ataque inesperado e extremamente agradável.
E Thor, que Musk II, via olhos do piloto, já sabia estar apaixonado por Avila, iria usar seu poder para sua finalidade original o bem estar do imperio Muskiniano. AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHHA
A entidade da sombra, para espanto do primeiro piloto, sai de seus olhos e ataca Avila.

--- AVILA – AVILA –AVILA –AVILA
NAAAAAAAAAAÃOOOOO






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