2047– SOB O DOMÍNIO DE ESLON MUSK II–A GODIVA DO IRAJÁ

Musktwoer – Musktown-DC- EUA
Porque ela sempre se apaixonava pelo homem errado? O Mau, primeiro, agora o Belo e Burro. Mas que importância tinha tudo isso agora que ela sabia que amava o Primeiro Piloto. Só não esperava que ele fosse dar uma de macho e tentar botar a casa abaixo. Pois, pouco antes do Primeiro Piloto acordar no Nostromo em Saturno, Tainá já havia planejado o melhor plano que dois amantes podem conceber: a fuga.
Foi quando Musk II enfrentara o vampiro Saturnália. O Vampiro estava escondido dentro das partes íntimas daquela vaca beócia, Daiana, Daina, ou o que o valha. Quando Musk II relaxou a guada, o vampiro saltou de lá e atacou o pescoço de Musk II.
O cara nem tentou se defender, praticamente estendeu a jugular para o vampiro que mordeu, foi bebendo e depois parou e vomitou.
--- Is not the kind the blood, you expected to find, hã? Sangue de outras dimensões, criatura. O mesmo sangue que acidentalmente o criou, ser patético! Sei tudo sobre isso e sobre você, ser que, quando humano, amei e odiei. E ainda o odeio pelo que fez em Marte e na Casa Branca. E para que tudo isso Jonas? Vingança? Não. Prefiro a minha justiça. Os teus entrelaçamentos quânticos acabam agora!
Musk II, invoca os poderes do Martinium, a pedra pendurada no pescoço brilha e dispara um feixe de luz no vampiro Saturnália. Logo depois, Tainá acordou em seus aposentos almofadados, a transmissão holográfica ainda ativa. Viu o Primeiro Piloto acordar na Nostromo e surtar. Que idiota. Imediatamente, esmagou algumas sementes de Jurema Preta que estavam comodamente ao seu lado, depois torceu alguns cipós místicos brasileiros, ferveu uma mistura rapidamente e bebeu-a. Precisava enviar sua declaração de Amor ao Primeiro Piloto. Ele precisava saber que estava livre e bem. Ele que trouxesse a Nostromo para a Terra, arrebentasse o Kasbah de Musk II com os seus poderosos canhões de fogo e raio para que ela ficasse excitada e fossem transando o caminho todo para Vênus, onde, no fundo dos mares gasosos, ela e ele viveriam numa nave e numa rede todo o amor que houver nessa vida.



Estou bem, na Terra e quero transar com você até derreter. Que parte será que o Primeiro Piloto não entendeu, ela se pergunta languidamente, confortável nos movimentos sinestésicos que enviava ao piloto.
Tudo que ela queria era morrer na ponta do sexo do cara, então porque todo aquele auê em Marte? Porque enfrentar Musk II agora? Todo aquele poder bizarro... Mas não. Tem que arreganhar os bíceps, preferir a aridez e o horror de acabar com Musk II à maciez de suas coxas. Vergonha para você Primeiro Piloto.
E para você, Tainá, burra, se ficar aqui e o Eslon voltar quando a zona fechar. Imediatamente Tainá contata Avila. Avila está se sacudindo numa nave de transporte. Uma invasão de alienígenas acabava de começar e uma guerra estourava entre os rebeldes e Musk II. Fim do idílio. De volta às ruas. Adeus doces colchões de pena de ganso da Muskelaria cinco estrelas em New York.
Chateada, ela se envolve num robbe de chambre de seda chinesa e dirige-se à sua nave particular Amazonia. Decola. No compartimento de armas mísseis exocet planejados para a guerrilha urbana. Tainá vai para o Brasil. Se entrincheirar no Rio de Janeiro, no lugar mais inexpugnável que conhece, onde domina a comunidade e governa sob o nome de Godiva. De lá fornecerá logística terrestre à rebelião de Titã. Coisa chata, mas no Irajá ela é deusa e todos a servem. Todos a amam. E ela, imbecil, na de um cara que prefere matar aliens a trepar. So você Tainá, ela pensava consigo mesmo enquanto a nave dirigia-se para o bairro de Irajá, no Rio de Janeiro.
Lá, finalmente poderá esclarecer algumas coisas sobre o amor com aquele cretino daquele Nerd transbombado que explodiu um cafofo tão bom em Marte e desprezou a umidade de seu entrecochas. E também ensinar algumas coisinhas ou outras sobre espionagem de verdade para Avila. Afinal, há muito tempo atrás, havia ensinado às suas pupilas tudo o que havia a ensinar na arte de obter informações através de sussurros de prazer. Que haveriam de ser muitos, intensos e altos para toda essa trempa de assexuados.
Ou não se chamava Tainá.