AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA–MARIANA FOGE PARA MERCÚRIO

     

Mariana trabalhava em múltiplas telas de cristais holográficos com imagens-códigos neurais extraídas diretamente das descargas elétricas de seu cérebro.
Direcionava um backup em versão compacta de toda a sua linguagem subjetiva octaédrica para uma derradeira compilação em linguagem de máquina etérica. Transmitiria via micro-ondas para Mercúrio, onde instalara uma fortaleza digital em forma de cofre virtual. Depois daria um kill comand e fritaria seu equipamento.
Chorava. Era quase como se matar.
Mas se tratava de viver. Mais um dia. Lutar depois. No próximo. Para isto ela mesma precisaria interceptar a transmissão criptografada e torna-la operacional novamente.
Só ela podia fazer isso.
Precisava fugir. Com Musk perseguindo o que restara dos rebeldes, a paranoia era uma aliada necessária.
E Mariana resolvera fugir.
Para Mercurio. Onde montara um hardware em órbita do planeta. A Ozark sua fortaleza ciberfinanceira a la tio Patinhas. No planeta mais próximo do sol, onde só dinheiro etérico circulava.
Puro código armazenados em dados em metahash. Todas as cibercriptomoedas alucinantes em códigos aleatórios exploráveis em probabilides quânticas que sua matemática sentimental amaria explorar.
Um paraíso em grana encapsuladas para uma neurohaker cognitiva jun
Tinha pouco tempo. Mas trabalhava sem pressa. Dr. A. estava a caminho. Ele a entende. Ou seja lá quem ele se tornara, pois do tarado amigo de seu pai nada restara, tornara-se seu velho amigo romântico que a salvara na prisão. Um gentleman do século XIX sem tirar nem por.
Além do Redutor Sonoro, lhe doara toda a sua coleção de arte, seu xodó. O que não era pouca coisa. Mariana lançou-se como uma merchand de sucesso e conseguiu fazer remessas de muito mais grana para lavar. Para si mesma, os artistas, os refugiados e para a rebelião.