AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA–ONDE O PRESIDENTE EM EXERCÍCIO VAI ATRÁS DE SEU ROBÔ
Porém, o presidente em exercício era um covarde. Nunca mostrava o próprio rosto. Para isto havia construído Ajax.
Ajax, seu robô de estimação, tinha o maior carinho por sua obra. Afinal era engenheiro cibernético diplomado e capacitado e amava fazer upgrades e bolar protocolos políticos algoritmizados para seu fiel escudeiro.
E o coração de quartzo rubi, ah.
Isso é outra historia.
O importante é que Peter, o assassino mafioso durão e sacana a lá Jonh Woo, fodera seu pet robótico.
Explodira o pobrezinho com um lança missíl russo, numa esquina suja, num posto de combustível imundo numa cidadezinha indigna de ser aqui nomeada.
Todos o confundiram com ferro velho.
Menos Gino Maldonado, um repórter local que editava um jornaleco independente na Cosmic Wild Web. O sujeito defendia que o presidente em exercício fora abduzido durante uma negociação alienígena com os capangas do Judeu Errante, supremo senhor do Cosmo Desconhecido.
A prova que oferecia, o loooooucoooo, os restos mortais cibernéticos de Ajax, que estavam em sua posse.
O presidente em exercício dera uma cafungada forte e se dirigia para o apartamento de Maldonado neste exato momento.
Só tinha dois objetivos em sua mente.
1 reparar Ajax.
2 Ordenar que o robô matasse Mariana Olenski em pleno Feirão Almeida
Isso faria Almeida voltar para o caminho correto. O do presidente em exercício. E as coisas voltariam ao seu devido lugar.
Sorriu, mas arrependeu-se. Uma dor aguda e violenta sacudiu os nervos de seus dentes.
Era a máscara de martinium colada no rosto. Ainda podia sentir o impacto das balas chocando-se a uma velocidade 3 vezes mais rápida que o som no metal maleável e impenetrável.
De alguma maneira, as altas frequências sonoras, verdadeiras explosões sub-sônicas geradas em doopler devido a violência do impacto, fizeram o martinium preencher os poros dos ossos da caixa craniana do presidente em exercício.
E o metal não desgrudava mais de seu rosto.
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Mande fumo pro Curupira