AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA II–POR DENTRO DA CABEÇA DE PINK RIBEIRO

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Mas havia outro motivo para Pink Ribeiro não recusar estudar na Ad Astra, escola disseminadora da ignorância muskiniana dos santos pecadores de Dostoievisk.
Sigibilidade. Havia recebido uma carta. Do violento papai. Duas palavras apenas. “Te achei”.
Dele, não precisava de outro aviso para ter calafrios de medo na coluna e seu estômago encher-se de bile. Havia o deixado, abandonado, sentia culpa, por isso, como não, perdera seu filho, sim o filho dele, pois pedofilo era o pai.
Ele apenas sorrira sarcasticamente e não se oporá ao aborto. Prados Garcia não acreditava em idade nem igreja, dizia para a mulher que ”haviamos casado na igreja, um dia, né benzinho, então, diga-me:
--- é a igreja que vale, pode se separar a vontade, você sempre vai ser minha mulher? É isso que conta para você?
A mãe respondera
---- Sim. Para sempre sim.
---- Já era.
Foi para o quarto dela, Pink criança.
O que para Pink queria dizer ser saco de pancadas e receptáculo de porra.
E começara o assédio. Não mais somente Pink, crianças. De qualquer sexo. Seguia-as nas ruas, abordava-as, queria beijos, carinhos, sexo, saudades porra. E, não raro, as estapeava. Descobrira onde moravam, quebrava suas janelas. Debora chamara a polícia, mas não havia como ligar o pai às janelas quebradas. Debora, mãe de Pink, apenas ficavaa parada, em frente à sua janela.
Havia culpa em seu coração ao ouvir a voz do pai. Lá no fundo estava apavorada. E, embora soubesse ser contra tudo o que acreditava e pregava, queria fugir. Mas não podia, a mãe. Era a professora Layra, tutora apaixonada anônima do neurastécnico Woddy Pereira.
E lá estava, a proposta mágica, onde havia até espaço para ela e suas qualificações. No Cosmo Desconhecido, feita por outro ser horroroso, criatura mercante eternamente condenada a revende sua alma pelo menor preço, pior qualidade.
Não havia nada pior que isso, Meu Deus. Um outro lugar, sim melhor para viver e trabalhando, ainda por cima. Uma nova chance, uma nova mulher. E foi quando deu-se conta que todas no grupo queriam exatamente isso. Mesmo sob o maligno comando do Judeu Errante.
Debora era uma mulher muito sabia, ao contrário de muita sabichona que prega nos microfones da vida da cadeia de tv etérica nacional.
Bem, então que se dane a sigibilidade, não é mesmo.
Ia denunciar.
Mas Mario não estava nem aí com o sigilo. Haviam estagiárias inexperientes, ingênuas e subornáveis em todo lugar. Até ali, numa empresa de segurança máxima, havia um jeitinho. E com jeitinho, tato e um pouco de grana viva, Mario Garcia descolou um crachá de visitante com acesso pleno às instalações.
Pink não teve dúvidas. Matou o pai tanto como fizera com o filho deles!
E Debora Layra, que amava Woddy Ribeiro o queria para marido , pois era bem mais que sua filha assassina e pervertida, por quem nutria tanto amor.
Amor pelo homem q que amara sua filha
Culpa pelo homem que um dia ousou amar.
E que estuprou a alma de ambas.
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