AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA– CAÇANDO GINO MALDONADO

HHNAHS

O presidente em exercício dera de ombros, até gostara. Com algum treino poderia moldar um rosto mais a seu gosto. Ou qualquer outro rosto que pudesse imaginar.

Amou a ideia. E seu rosto metálico tremulou enquanto continha as gargalhadas.

--- 27/07/2050 em Triunfo da Serra, interior de SP, Brasil, America Latina, Terra – FEIRÃO DE CAMINHÕES CINÉTICOS ALMEIDA

Mariana só foi ao Feirão Almeida para continuar sua conversa com o Dr. A. Não gostara nada daquilo. Musk II atacava Almeida através do que ele mais gostava, poder político e econômico. Mostrara poder no território de seu maior rival financeiro.

O Dr. A. saíra-se muito bem, é verdade. Mas, presidentes em seu país, só fantasmas. Não havia. Ninguém sabia e ninguém queria saber. E o feirão começou em antí-climax, pois o presidente em exercício, seu principal convidado não apareceu, ou, se veio, ninguém viu.

E ninguém pareceu se importar.

----- DOIS DIAS ATRÁS NUM TRAILER HIGH TECH SUJISMUNDO E MOCOZADO...

Gino Maldonado era paranoico milenarista, ufólogo, místico, new age e hipongo tri maluco beleza e nerd piamente crente em toda e qualquer teoria da conspiração.

Por isso afastara-se de tudo para editar seu web cosmic telejornal, Fake but True. E preparara uma edição especial falando sobre a tecnologia empregada no robô alienígena que ficara com ele na abdução do presidente em exercício.

Que só ele percebia com absoluta clareza que ocorrera de fato.

Indubitavelmente.

Os outros eram cegos, porém ele... via longe.

Além do Cosmo Conhecido. Sabia que as lendas eram verdadeiras. E.Ts existiam. Tava aí o Judeu Errante, o androide superpoderoso T.O.R. abduzido dos braços de seu amante barbudo e traumatizado por práticas arcanas malditas conjuradas por Musk II.

Exemplos reais que os estúpidos acham tão estranho que tomam por boatos irreais criados pela “imaginação doentia de um homem perturbado que se passa por subjornalista”, como era constantemente descrito pelos céticos com que debatia suas teorias nos programas da TV fotônica aberta.

Dizem que era preferível ser feliz a ter razão. Maldonado nunca achara essa afirmação correta e correra atrás da razão. Era meio pirado mesmo, sabia disso. Mas a razão o curaria e daí poderia ser feliz.

Pois estava quase feliz ao examinar o robozão que achara no estranho incidente no posto de gasolina de uma cidade cú de rola sem nome bem pertinho dali.

Tinha plena certeza que tratava-se de tecnologia alienígena, tão avançado era seu projeto.

Modular, mesmo aos pedaços, poderia ser remontado facilmente. Os conectores e chipsets eram de uma elegância inumana.

Desmontava-o cuidadosamente, buscava o laser instalado em seu peito. Estava totalmente absorto e concentrado nesta tarefa quando....

TRIMMMMMMMMMMMMMM

TRIMMMMMMMMMMMMMM

TRIMMMMMMMMMMMMMM

Assustou-se com a campanhia. Não costumava receber visitas surpresa.

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