AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA–A PROPOSTA DO JUDEU ERRANTE

judeu errante


A criatura ofereceu-lhe asilo em troca de bombas nuketermobáricas.

Mortais. Atômicas. Baratas e cruéis.

Mariana nunca nem cogitara fabricá-las.

Precisava da opinião do cara certo. E só havia uma pessoa com a mente afiada em buzines puro e de filtrar todo aquele blablabla da criatura para entender os meandros alienígenas quânticos nas entrelinhas de seu discurso.

O Dr. A.

Mariana deu o recado por uma transmissão etérica em realidade virtual. O velho deixou seu refúgio pessoal em Fobos e foi a visitar pessoalmente. Nada de encontros virtuais para ele.

Old fashion way.

Viria com rosas amarelas. E uma garrafa de Prosseco.

Amor, Fortuna e vinho.

Faria macarrão para ela.

Adorava Mariana. E ela, embora não mais reconhecesse nele o velho amigo sórdido, tarado, mas alto astral de seu pai, achava-o misterioso e cerebral.

Gostava do jeito que o homem pensava.

Era uma mente leve e jovial, que falava com ela entre as borbulhas mágicas do vinho italiano do século passado.

Uma nostalgia a envolvia. Ela se perdia em lembranças de amores e dores.

Suaves e boas, quase carícias.

E agora apreciava a companhia do velho.

Na verdade, ansiava por ela.

        Velho_Ciborgue





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