AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA– O DESTINO DO VERDADEIRO AFONSO SOARES ALMEIDA

91MGZ1-REdL-678x381
---- WARP SPEED – ESPAÇONAVE MOEBIUS – DESTINO TERRA

Enquanto voa para a Terra na Moebius, antiga espaçonave de seu alter-ego humano, o Sintozoide Mark I prepara seu invólucro. O corpo biohackeado criado para hospedar a consciência de seu alter ego humano por Afonso Soares de Almeida. O velho não mais estava na câmara criogênica.
Mark I havia feito seu julgamento, afinal.
O velho bastardo havia desintegrado o corpo original humano de Mark I. 
Um homem cruel que se mostrara sereno em seu sono de meio século. 
O sintozoide odiava-o, admirava-o, e, uma excrescência sentimental humana, apegara-se ao velho congelado.

Decidiu por uma justiça inumana.

Incinerou o corpo congelado e inútil do velho.
Preservou o cérebro de Afonso Soares de Almeida.

Injetou o êxtase dos paraísos artificiais em seus neurônios via nanobots. Um metacódigo hash com o algoritmo desenvolvido por várias gerações de consciências cibernéticas que manipularam as maquinas virtuais da linguagem alfaoctaedrica de Mariana.

O cérebro sacana ficaria lá, eternamente sonhando com Mariana e grana dentro de um aquário cibertech de neocristal de Murano.

E Mark I via seus sonhos através do mesmo gel condutor que um dia encarcerara seu cérebro. O dispositivo transmitia as imagens do cérebro do Dr. Almeida para uma tela holográfica. Em tempo real.
Dentro da cabeça do velho, sorrisos lascivos. Inexprimíveis alegrias de luxúria e ganância garantiam uma eterna matriz de felicidade morta.
E, em sua cuca sintozoide, também havia mais um Plano. Melhor. Onde um futuro era certo e preciso. Indubitável.
Um futuro onde Mark I governa o Cosmo Conhecido e funda colônias do Cosmo Desconhecido. Um futuro próximo, ou não... Mas com certeza.
Não importava. Em qualquer futuro certo, o velho Afonso Soares Almeida sobreviveria sonhando no paraíso artificial. Ele construiria outro.
Real e dele.
Mas uma nesga de sentimento incomodo o acossava sempre que observava os sonhos do velho. Pois sacava que seus sonhos confundiam-se com os do sacana ancião, por mais megahiper high tech e inumanos, etéricos, nefelibastas, onanistas e metafísicos, talvez bizarros, mas, evidentemente abstratos.
Quem saberia descrever exatamente a sequencia de imagens inexpremíveis que hiperventilavam os nanômetros neuropsíquicos desse ser com um simples e brega Amor?

Nenhum humano
.
Muito menos eu, o narrador dessa putaria cósmica que o leitor tolera, muito obrigado.
          894759





















Comentários

Postagens mais visitadas