AS CRÔNICAS FANTASTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA–MARK I

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Acionava-os tocando uma versão cibernética de seu redutor sonoro. Telas holográficas meticulosamente ordenadas abriam-se sob suas retinas.
Controlava tudo com sua mente sintozoide quântico-lisérgica.
Os casais subiam do subsolo através de tubos movidos a antigravidadde em ordens aleatórias.
Depois o sintozoide definia um plano.
Uma sequência de movimentos e posições que visava a emulação do orgasmo.
Ensaiava a coreografia com seus golens robóticos. Esculpidos à sua imagem no passado. Os corpos femininos, cópias fiéis de Mariana. E comandava os autômatos para gozar.
Sem jamais conseguir.
Jarvis Robson, seu confidente, jamais se acostumou com aquela decoração bizarra, em sua modesta opinião, um tanto quanto pornográfica. Pois os casais de carne sintética repetiam seguidamente os movimentos sexuais pré-ordenados, Mariana Olenski zumbi, a sua frente, os órgãos escancarados esculpidos em Martinium. Os olhos extáticos. Um gosto prá lá de extravagante, pensava, e um tanto quanto perturbador.
Mas no fundo, o relações públicas sideral de primeira ordem Jarvis Robson sentia profunda pena do sintozóide. Ele jamais disse o seu nome de humano. Quando lhe perguntara, apenas divagara.
Depois num rápido olhar de esfinge, frio e sem vida, apontara o próprio corpo e batera com o indicador na cabeça.
--- Sou isso. Não tenho nome. Não lembro. E não quero lembrar. Chame-me Mark I. E lhe contou toda sua história. Jarvis, entrando nos 30, ficou comovido. O sintozoide sabia o que era transar, mas jamais conheceria os prazeres do sexo novamente.Cyberpunk_2077_Trailer_MO_0











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