O GOLPE–IV–O DUELO PARTE 1
Não ia sobrar um para contar a história. Nem eu, rárárárá.
Mas o destino interviu e estou aqui contando como no dia marcado para o duelo, meus inimigos compareceram.
Havia me mantido acordado e atentíssimo com altas doses de café e bolas antidepressivas.
Estava babando de ansiedade, adrenalina acelerada devido à espera e aos antidepressivos.
Mas estava com os sentidos atentos, alerta, a mente afiada na missão.
Segurando a ira.
Iria solta-la na hora certa, eficiência máxima.
Leva-los todos junto comigo.
Pensava nestas coisas quando ouvi carros frearem violentamente parando bem na frente de casa.
Eles não estavam nem um pouco preocupados com discrição.
Tinham a presunção de quem se julga invencível e todo poderoso.
E não estavam nem aí para o quão alto e nem para o tanto de barulho e caos que fariam só para me matar.
Eu era um exemplo e um aviso: Não me fodam, senão...
E era justamente por isso que se foderiam comigo.
Sorri. Posicionei-me atrás da porta.
Escudo preparado.
Eu me espremendo na cadeira de rodas para ficar bem por trás dele.
Um tiro arregaçou a porta da frente.
O show começara.
A porta abriu-se num estrondo contra mim.
Com o escudo choquei-me contra ela.
Devolvi-a violentamente para a frente com uma movimento veloz e forte das rodas.
A porta atingiu em cheio o pescoço do bandido mascarado que começara a entrar em casa.
Creck.
E estalo foi alto e claro.
Quebrei seu pescoço.
Vi o corpo caindo sem vida para trás.
--- Rururorárárá – Não me contive e ri alto enquanto fechava a porta.
Enquanto a porta esteve aberta, contei rapidamente 15 carinhas atônitos e mais saindo do carro.
Engoli em seco. Não esperava tantos. Depois ri alto – Eles que viessem, foda-se – e me escondi novamente atrás da porta enquanto ouvia armas sendo engatilhadas.
Dispararam. Chumbo grosso e alto.
Vários calibres destroçaram a porta quase inteira.
Ouvi o som de armas engasgarem e falharem.
A munição deles acabara. Estavam recarregando. Hora de atacar.
Tirei dos vasos das laterais da porta duas 38 cano longo. Abri a porta.
Deu tempo para mirar rápido antes de atirar.
Acertei seis da linha de frente deles. Matei 4. Feri 2.
Saquei a segunda arma e atirei.
Feri 5. Matei 1.
Pontos para mim, rárárá.
Zero para os filhos da puta.
Fechei a porta.
Vazei rumo a sala, minha próxima estação de armas.
Havia mocozado pistolas 45 por lá.
Cheguei bem a tempo. Retirei as armas debaixo da almofada do sofá, fiquei por trás dele, abaixei o escudo e desapareci por trás do móvel, num movimento que havia treinado por semanas.
Bem a tempo.
A horda de mascarados uivava e berrava enquanto entrava pela casa:
“DESGRAÇADO CADEEEEEEÊ VOCEEEEEEÊ!”
Muito bom
ResponderExcluirOba, obrigado, meu caro. Eu me esforço, pode ter certeza....
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