AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA–PINK RIBEIRO E OS ENCANTOS DE VÊNUS.



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Quando revelou-se tirando o gorro de menino, Pink Ribeiro quebrou todos os paradigmas dos corações quarentões em marcha lenta dos seus mestres, do eminente e todo poderoso Dr. Carbone, inclusive. Foi o que valeu a indicação para ser trainee na Space Musk como Eunice – seu verdadeiro nome – e não como Eunicio.

Quando, orgulhosa, contou ao pai com sua doce e fingida inocência, ele não disse nada. Ficou em silêncio.

Levantou-se, coçou a careca. Estalou o beiço. Pigarreou. Fez pose de autoridade. Depois baixou a bola.

Anunciou que fora demitido e que resolvera voltar a fumar.

E beber, claro. Estava no bafo do homem.

--- Preciso de um cigarro – falou.

Saiu de casa e se mandou, óbvio.

A mãe, reprimida, uma vida subordinada a um idiota ultrasubordinado e com garras de galo de rinha, tão imperativo e ridículo era o pai, mas sua mãe, coitada, tinha alguma fé no sacana do marido.

Não segurou a onda. Por várias vezes surtou. E, depois da terceira tentativa de suicídio, foi considerada inútil para a sociedade venusiana, que condenou-a a um manicômio sideral de segurança máxima. E Pink nunca mais ouviu falar dela.

Ouviu dizer que o pai tinha morrido quando foi efetivada na Tesla Atomic Motors. E não soube com qual coisa ficara mais feliz.

Celebrou ambas com brindes e Hails a Musk II, na celebração do contrato que sabia, dava ao homem mais delicioso e másculo que já vira, o filho da puta mais sacana e gostoso do Cosmo Conhecido tudo o que tinha de melhor, seja lá o que isso fosse.

Que prótese, doce Jesus...

Um dia Musk II seria dela, por bem ou por mal...

E quando teve a chance, não hesitou, usou suas mais matreiras habilidades num velho feitiço venusiano.

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