AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA II–TELETRANSPORTE PARA TERRA

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E ela foi teleportada diretamente para o apartamento de Maldonado.

Mariana queria refazer a trajetória do presidente em exercício até o dia do Feirão Almeida para descobrir seu esconderijo.

Iria atrás de pistas, dados, o que o homem comera, o que fizera, quais protocolos de mecânica cibernética avançada instalara em Ajax.

Qualquer coisa podia ser útil.

E ainda havia os arquivos sobre o Judeu Errante. As informações de Maldonado, inseridas em reportagens absurdas e quase non-sense eram reais.

Batiam com as dela.

Então tinha ainda mais uma missão:

Contaminar a cena do crime o máximo possível, e ferrar o computador de Maldonado antes dos agentes. Despistar a Polícia Tática Terrestre Brasileira era vital.

E Mariana iria certificar-se que jamais poderiam liga-la ao Judeu Errante.

Caso contrário, poderia expor seu esquema de Oráculo da extinta Rebelião, as fábricas de armas, medicamentos, farelos orgânicos metaproteínicos, cibercashs, moedas hash altamente criptografadas na Dark Web Sideralis, tudo, tudo mesmo poderia parar na mão dos agentes filhos da mãe e sacanas de Musk II.

E estaria mais ferrada do que já estava. Pois, depois do orgasmo anímico com Mark I, concordara com a solução final dele. Mas, como sempre, tinha seus próprios planos. E ele fizera a gentileza de não hackea-la.

Mariana sentia-se responsável por tudo o que acontecera no Feirão. Era inevitável,. Jovem demais, sequer desconfiava que amava o ser humano com o mesmo sentimento que uma mãe dedica a um filho.

E agora, sensação de culpa na cabeça, ressaca moral, seja lá o que a movesse, queria sujar as mãos pra valer, fazer realmente a diferença, e não apenas coordená-la como uma pitonisa fazia com o destino dos antigos.

Mais guerreira, menos sabia, era tudo.

Queria aniquilar o presidente em exercício com as próprias mãos.

Honra em jogo. Catfight.

E de quebra resgataria o corpo tunado envolto na armadura high-tech feita pela cadeira com mais comandos que um cruzador espacial.

Estava perdida nesses pensamentos que tomam mais linhas do que tempo, quando materializou-se no apê de Gino Maldonado.

Para sua surpresa, outra pessoa estava lá.

OUTRA PESSOA LÁ

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