AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA II–ASSUNTOS PENDENTES

Agora, todos sabiam que o presidente em exercício estava vivo. O Feirão pegava fogo, fotos e vídeos antigos do presidente com seu robozão com laser no peito estalavam em todos os telejornais siderais do Cosmo Conhecido e, Mariana temia, espipocariam também na tela do Judeu Errante, único ser capaz de comprometer suas operações enquanto oráculo da Rebelião.

Mas, por outro lado, também era tempo de Copa do Mundo, Jogo do Brasil. Football, Soccer, Futebol...

Todas as atenções foram desviadas para a Copa. O ataque terrorista do presidente em exercício ficou para segundo plano. O Feirão Almeida, ainda em chamas era alvo de pouca atenção.

E, honestamente, o próprio presidente em exercício estava pouco se fodendo para ele mesmo. Num momento de puro desprendimento, vestira Ajax com uma dryfit oficial do Brasil tamanho XXGG.

Também providenciara uma para a armadura que continha o protótipo de clone biohacker tunado de Almeida.

Com algumas latas de cerveja sideral com lúpulo biosintético servida por garotas tridimensionais holográficas, ficaram no mocó do presidente em exercício, assistiram ao jogo juntos.

Enfim coisas que no Brasil...

E mais uma vez, ninguém se importou com o presidente. Menos Mariana.

Apesar do descaso com o presidente em exercício, com a destruição causada pelo laser de Ajax foi outra coisa.

Tudo televisionado. Um rebu. B.O total.

Uma merda geral foi o que o presidente em exercício deixara para ela.

Logo todos iriam ligar a + b e traçar o caminho do presidente em exercício. Mariana saiu na frente, enviou bots octaédricos espiões por toda a darkciberweb e topou com as conjecturas perseguitórias alienígenas de Gino Maldonado, na época detentor da carcaça do robô Ajax. E qual foi a surpresa de Mariana, ao hackear o sistema de Maldonado, quando deparou com arquivos mencionando o Judeu Errante nos textos paranoicos, mas com uma certa dose de exatidão do falecido jornalista conspiratório.

Estava, na verdade, furiosa, puta da cara com o presidente em exercício, assassino demente que destruíra famílias, matara e ferira gente sob sua proteção.

Para ela bastava de blábláblá. Jurara-o de morte. Se o presidente em exercício a queria, bem, agora que a aguentasse. Iria infernizá-lo, personal affair.

Discutira isso com Mark I. Logo depois de transarem.

--- Só viro sua “deusa” depois de acabar meus assuntos com aquele cachorro raivoso do presidente em exercício. Ele quer ver o circo pegar fogo, vou ser um isqueiro zippo.

--- Você pode ser quem você quiser. Quem vai sou eu.

--- Não e pronto. Não entende? Você tem que lidar com Musk II. Com este, lido eu. E fim de papo.

Com isto se entenderam.