AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA II–O NEURASTÉCNICO WOODY

Pensava o neurastecnico Woody enquanto saia desconsolado da Musktower.
Cada vez mais sabia menos o que estava fazendo ali.
Estava confuso e com razão.
Só amara uma mulher na sua vida.
Pink Ribeiro e ela vendera sua alma para Musk II. Mas ele não? Trabalhavam para o mesmo patrão, afinal de contas.
O que ele vendera para Musk II? A lealdade, a capacidade trabalho, a inteligência. Sim. Vendera.
Não estava disposto a vender mais nada para Musk II nem dedicar mais nada a Pink Ribeiro. Não bastava o enorme calhamaço de versos que compunha e encadernava, moldura daquele amor louco e distópico que nutria pela garota fatal de Vênus.
E agora, com aquele rebu causado pelo presidente em exercício, tava feio o clima na Musktower. Melhor dar no pé dalí o mais rápido possível. E foi o que fez assim que dera conta do trabalho do dia.
Dias entupidos de trabalho.
O fogo queimava e ardia na frente da cadeia nacional de televisão.
E como uma cadeia estava se sentindo.
Cheio de espíritos tristes presos em sua alma.