QUÍMICA VORAZ V–OU DIÁRIO DA ADAPTAÇÃO DOS REMÉDIOS.
´MOLÉCULA DE VIAGRA.
casa – dia – a pipa não sobe.
Entendo o lance saudável do auto orgasmo. A catarse física necessária para descarregar a mente, esvazia-la, inebria-la, para com apenas um jato branco, desmaia-la no mais lindo nocaute de todos. O pacífico.
Tudo isso porque não consigo mais mastubar-me.
Chato demais.
Longa calistenia.
Tudo parece a mesma coisa: bunda saco peito xana e cu.
Desculpem os palavrões.
Mas é pior.
Não é só em situações de auto orgasmo.
A disfunção erétil manifesta-se em campo.
Aquela garota que sempre quis,
sorrindo para sua janela.
E você a fecha.
Porque não sente mais nada.
A não ser um vazio.
Um longo e tedioso vazio.
Sexo.
Pela química voraz,
Essa maravilha,
esse dom
essa coisa linda de ter a vida de alguém na tua mão.
E vice versa.
Pela química voraz, foi devorada.
E não há Viagra que a restaure.
Clínica – madrugada – sonho esquecido e escuro.
Acordo. Ereção.
Quase rio.
Tapo a boca com um travesseiro.
Meto o milho p ralar.
Com delícia.
Pensando em mil nelas
que nunca tive,
nem vou ter.
E nas pouquíssimas q tive.
Nos que poderia ter,
Na liberdade e tortura de se poder escolher
quem quiser.
O prazer e a angústia do ser humano,
nisso tudo,
isso tudo
tomou forma
jatos brancos
E o desmaio.
Desfalecimento do espírito,
num sepulcro psiquiátrico.
Comentários
Postar um comentário
Mande fumo pro Curupira