FOREVER YOUNG

Não envelheço.
Apenas encaro a morte cada vez mais perto.
E não a temo.
Porque a temeria,
essa misteriosa donzela,
sorriso branco
como os ossos de meu corpo?
Acho-a sedutora.
Brincalhona.
Como a vida.
Que a cada dia,
de meu corpo,
mutilado e cheio de cicatrizes
de guerras e guerras e guerras,
vai-se despedindo,
a cada respiração
a cada refeição
a cada nascer da lua
e cair do sol.
A vida vai-se,
mas não envelheço,
abraço minha morte,
espero-a com a mesa de café pronta.
Enquanto isso, meu espírito brinca como uma criança,
Nessa pouca vida que me foi destinada.
Por isso não envelheço...


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