ANTES LIVRE QUE FELIZ
Cadeirante, bipolar.
Entre Esparta e Atenas,
A caverna.
Na caverna lutar
para o corpo não ceder
às trevas, a inércia, ao cômodo.
nem a mente perder a lucidez.
Não posso me dar ao luxo de ser feliz.
Essa mitologia.
Na caverna,
como na vida,
ser feliz é um conto de papai noel.
Há os momentos de alegria,
a fonte que num dia de verão
se descobriu nas trevas.
os tempos de tristeza,
os longos invernos onde os ossos tremem e
o alimento congela.
alguns períodos duram mais,
outros menos.
Mas nenhum dura a eternidade
com que se pressupõe a tal felicidade.
E assim é com a mitologia correlata
do amor.
Essa libélula fugaz
de paixão prazer e dor
com que não cansamos de nos bombardear.
E mais:
Nessa situação limite
em que me encontro,
sou conflito sem fim.
A luta e o que move a luta.
Não a felicidade, esse mito, nem
O amor, essa ilusão,
Mas a liberdade.
E a paz que vem com ela.
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