COMO ALAN POE
Gosto dessa ideia
de cultivar a morte,
esse eterno convite,
negros como corvos,
alvas como as loiras à beira mar,
Como Alan Poe,
Cultivo o romantismo da fatalidade,
essa Nemêsis eternamente buscada,
e nunca alcançada.
Amo mais esse arrojo de paixão,
O salto espontâneo com sabor de vida
na boca da morte,
do que esse passo morto
com que anda o rabo dessa nossa vida,
meu prezado.
Desejo a morte, porque ela é cara,
a vida,
barata,
negociada
sempre
nas altas rodas
onde apenas sabemos
sombras e ruídos
E, nelas, definidas
a tua e a minha vida.
Nossa vida é uma prisão.
A morte é libertadora.
Como diria Allan Poe.
Não eu…
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