DO UNIVERSO DE WOM - CRÔNICAS DO CAÇADOR SOMBRIO.

                                                 
Ele caminhava feliz, com mais uma tarde produtiva na “Mythès”. 
A empresa dos seus sonhos. 
O sonho de sua adolescência, há não muito tempo, onde passava tardes com os amigos jogando WoM, World of Mythès. 
Jogando e bolando Hacks que tornam mais poderosos e velozes seus personagens. 
Fez alguns tão bons que viraram addons. 
Comprados pela empresa que, a seguir, contratou-o para criar novos complementos para WoM. 
Isso fora um ano atrás. 
Nesse meio tempo escrevera um código fonte para uma nova expansão e o submeteu a Blizzard, empresa detentora dos direitos criativos do game. 
Ela o contratou como programador sênior da equipe criativa de WoM. 
“De WoM, cara, o jogo dos jogos.” 
Aos 22 anos. Acabara de acrescentar sua nova criação para a expansão em construção de WoM. 
O Caçador Sombrio. 
Uma NPC que defendia as feras dotadas de poder de cura e incapazes de atacar seja quem fosse. 
Elas davam bons loots, algumas até tinham um mínimo de chance de dropar montarias. 
Até o momento eram indefesas. 
Nessa nova expansão, porém, todas as feras espirituais eram defendidas pelo caçador sombrio. 
Nos lugares onde dropavam feras espirituais, também dropavam caçadores sombrios.
Mas havia um revezamento dos tempos de respawn. 
E os jogadores nunca sabiam se encontrariam os caçadores sombrios nos momento em que encontravam a fera espiritual.
O Caçador Sombrio sempre atacava de surpresa, usava camuflagens, armadilhas, surgia do nada, sempre usando algum meio ladino para surpreender os atacantes das feras. 
Porém quando encontrados sozinhos, davam um loot considerável, sempre uma montaria, porém o que mudava era a chance de derrotá-lo. 
O caçador sombrio era um adversário difícil, com pouca vida, mas com muito poder de autocura e dano. Ele invertia as probabilidades. A montaria voadora, Alma da Caçada Sombria, dropava sempre que o caçador sombrio era derrotado, quando só. 
Encontrado em conjunto com as feras que defendia, O NPC atacava de surpresa, mas causava pouco dano. 
Porém o jogador tinha poucas chances de vencer o caçador sombrio ao encontrá-lo sózinho. 
Ao chegar a 10% de vida ele emanava sua fúria selvagem causando 75% de dano em um raio de 40 mts a todos os que estivessem atacando. 
E só era vencido em grupo. 
Esses pensamentos vinham em códigos em sua mente: 
 Python: 
 def receber_dano(self, dano, atacantes=1): self.vida 
-= dano print(f"O Caçador recebeu {dano} de dano. 
Vida atual: {self.vida}") if self.vida <= self.vida_max * 0.1 and not self.furia_ativada: self.ativar_furia(atacantes) if self.vida <= 0: 




Isso tudo tornaria o personagem uma lenda, sorria enquanto caminhava ele satisfeito da vida. Viu um jogo de amarelinha borrando o concreto liso da calçada em cores infantis. Não deu por si enquanto fazia o percurso do jogo rumo ao céu. Apenas pensou:



Python:
 def desenhar_amarelinha(): amarelinha
= [ " [1] ", " [2] [3] ", " [4] ", " [5] [6] ", " [7] ", " [8] [9] ", " [10] " ] for linha in amarelinha: print(linha) desenhar_amarelinha() 

 Então, quando deu por si, não estava mais na calçada. 
Nem na rua.
Nem na cidade. 
Estava numa pradaria digital. A chapada que acabara de desenhar para a nova expansão. 
O lugar exato onde dropava Naquà, a fera mais rara não só da nova sequência de WoM, mas de todo o jogo. 
Estava perto da nascente onde ela nascia. 
Olhou para ela. 
Quem devolveu o olhar não foi ele mesmo. 
Mas sim a NPC que tanto prazer lhe dera criar. O caçador sombrio...


Especialmente dedicado ao Pelotão Manga




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