UMA EPIFANIA NO MUNDO ÁGUA

 

 

 

 

anthony

 

Era uma época onde o lusco fusco era eterno...

Nunca os habitantes daquele mundo sabiam se o astro que viam era uma lua nascendo...

Ou um sol morrendo...

Sombras eram sua vegetação, brumas seu céu.

Agua seu solo...

Lá viviam as antigas Deusas Maternas sábias em luzes e cores.

Sobrenaturais em sombras e seduções

Uma devorando as criaturas com as trevas de sua existência.

Outra as alimentando com a luz de sua vida.

Irmãs destinadas a bailar em suave equilíbrio nesse líquido mundo que visitei...

Trevas e Luz

Deusas e Criaturas

Sóis que são Luas

Luas que são sóis

Nada certo, nada sólido

Tudo promessa e espera.

Ou incerteza e anseios

Semente de esperança

E destruição...

As deusas dançam,

Tocando todas as criaturas

Em morte, vida,

cores, sombras, luzes e ondas.

Nesse sol que é lua

Nesse planeta água que descrevo,

Onde o lusco-fusco era tal

Que nada se via

Não muito diferente do nosso,

Apenas assumindo-se Agua

Quando não se é Terra.

 

Comentários

  1. Querido Autor, neste texto/roteiro/poesia voce se superou. Um belo conto sobrenatural. Um filme com uma fotografia nunca vista. Uma poesia em formato ficçâo. Parabens!!
    Ninna.

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    Respostas
    1. Gostaria de poder dizer que realmente me superei, mas foi mesmo uma epifania e as palavras e versos surgiram flutuando no papel como que escritas por si mesmas, então acho importante decifrar a mensagem oculta nesse poema...

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  2. Respostas
    1. Obrigado, meu caro... foi um mergulho na fonte da poesia e tenho certeza q esses versos carregam uma mensagem importante que nem eu sei decifrar...

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