AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA III– MARIANA VS TAINÁ–PARTE 1

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Mariana dividia com Tainá um quarto em Fobos.
E Mariana pensava nos motivos que levavam Tainá a não gostar dela. E porque não? Afinal, tudo o que ela acreditava fora destruído, até a chance de vingança, devido a interferência de Mark I.
O cara que, há poucos dias, semanas, meses, vá se saber....
Depois da vibração das cordas em múltiplos universos da gargalhada infernal que dera cabo de Musk II, quase em paralaxe sincrônica com a interferência do sinal 2D octaédrico que eliminara a assinatura energética de Saturnália dos sistemas de Mariana, tudo podia acontecer...
E o tempo deixou de fazer sentido, não se media mais o tempo em Phobos.
E na ressaca silenciosa, já não sabiam, ela e Tainá, como lidar uma com a outra.
O cara que há pouco tempo quase fora pai do filho de Mariana, aquele que ousara amar, que quase a convencera que ele era uma potestade, que usara tudo e todos para chegar aos seus fins. O cara com quem trilhou o caminho que levara até onde Taina se encontrava: o cara que ela amava em coma induzido, uma ameaça pior do que havia enfrentado até então e aliados cujo poder e moral beiravam uma imoralidade para sua ética guerreira construída através de intensas e graves batalhas de sangue, explosões, horrores e nonsense, o humor bizarro e sem graça de seres além de sua compreensão.
Como o que, sem dúvidas, era o que Mariana tornar-se-ia, na cabeça de Tainá. Uma aristocrata bizarra e nonsense, muito além do que ela toleraria.
Um ser que não podia ser humano, na cabeça de Tainá. Ou então apenas o produto de uma Bonzo seco como ela.
Estava claro para Mariana que Tainá a via como mais uma louquinha sem juízo inconsequente, romântica e idealista inútil.
Claro que Mariana discordava veementemente desta opinião embutida no silêncio quase sólido e escuro que pesava sobre as duas mulheres. Até que Mariana decidiu botar a limpo a questão.
--- Eu não sou uma cabeça oca. Sei o que está pensando, Tainá, sou mulher e não preciso hackear ninguém para saber que você acha que vou com a onda. Mas você não era amante de Musk II? Não o traiu?
--- Paguei um preço muito caro pelo que seu namorado fez comigo.
--- E eu não paguei? Você não viu o Meu horror? O grito de um serzinho condenado a não vida, ou sei lá como se chama a morte antes de nascer...
--- Consequência natural das coisas minha cara... vc fez algo bizarro, eu não.
--- Como assim, dizem que você era popular porque sentia pena de Musk.
--- Sou xamã, mãe natural de tudo o que respira mesmo dele.
--- Então a mim a condenação e a ele a compaixão, é isso?
--- Não foi isso o que eu disse.
--- Mas deu a entender.
Ok. Vou te falar uma coisa, Tainá. Sinto muito pelas suas mortes, sinto mesmo. Mas enquanto você estava lá com Musk II seduzindo o povo com sua “maternal” compaixão, estavam fodendo com a vida dele, do meu cara, do meu Amor você sacou o que saquei, paixão? Ele era para ser O compositor popular que os Plutonianos nunca tiveram. E o que vocês fizeram, pimba. Porrada. Como Musk. Exatamente como Musk. A rebelião me queria, não sei se você está a par, Mas eu não sabia que você era apenas um peão, como fui também do jogo dele. Marco. Mark I. era humano como você e eu, mas vocês, vocês o forçaram a jogar um jogo além de sua capacidade emocional. E ele foi forçado a evoluir do jeito que dava para sobreviver. Destruiu-se e se reconstruiu. Exatamente como um xamã. E se ele a usou, é porque podia fazer isso.
Simples assim.
Se não o faz mais é porque eu o proibi. Eu garanti a sua liberdade, sua imbecil. Bem como eu alimentei toda a sua maldita rebelião com todo o caixa 2 que o cosplay dele rendeu, você me entendeu, soldada. Pelo que me consta, são duas coisas que me deve. Comida e Liberdade. Portanto, a mãe aqui sou eu. Muito mais do que você pode imaginar.
E então, Tainá atacou.
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