AS CRÔNICAS FANTÁSTICAS DO IMPÉRIO ALMEIDA III–PARKOUR


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Não contavam que iriam enfrentar alguém tão bom. S. sacara e viera preparado. Reagira com alto poder de fogo e astúcia. Fugira.

Foi o que Pink pensara até perceber que havia um dardo emitindo um pulso eletromagnético em seu ombro. Seu traje fora afetado.

S. apareceu por cima dela. Ela o recebeu com um salto para trás e um kickboxe rápido com duas pernadas.

Depois, Pink foi quem fugiu.

E agora S. encurralava-a num beco após uma perseguição que incluiu um parkour em prédios e telhados.

PARKOUR

A adrenalina jorrava no corpo jovem de Pereira. Ele corria, monitorando toda a perseguição. Era o backup, o plano de fuga. Que se fazia cada vez mais necessário. Seguia Pink, mas...

Ela sumira de seu radar.

Então ela apareceu por trás do S, do nada.

Um savatè rápido e sua presença. S. caiu.

S. reagiu sacando a faca.

Ela tentou desarma-lo. Foi bloqueada enquanto Pereira, num pulo, entrava na luta com um arremesso de um dardo de explosivo de sentex nanominiaturizado na ponta.

S conseguiu se desviar do projétil, mas ele explodiu a poucos metros do seu rosto.

As ondas de choque o afetaram e Pink rolou pelo telhado do prédio, onde se dava a luta. Quase até a beirada.

Levantou-se e computou danos.

Sistemas defensivos comprometidos.

Desviou as energias do traje para comunicações.

Mas não houve tempo de transmitir nenhum recado.

S. atirava.

Ela rolou de lado.

Pereira sumiu na escuridão.

Pink sacou um tubo e com um deslocar de punho armou uma besta com setas de Martinium. Armou-a. S. avançava.

Súbito uma luz potente iluminou a cena.

Os dois estacaram.

Uma voz sonora num amplificador terafônico se fez ouvir junto com o zumbido de um drone.

--- Obrigado pela carta, Pereira, esteja onde estiver. Seja como for, o senhor e a senhorita com colante de aranha estão presos. Por favor não resistam. Obrigado agente por participar da operação vigilante.

O S. que estavam enfrentando era apenas um tira dublê.

Almeida, sacou logo.

“O Filho de uma égua ficou fora de controle... venceu-me” Pensou Almeida a respeito de S.

S. estava por trás da luz, armado com uma metralhadora de mira laser de alta precisão.

Pink deu um zoom em sua mira ,telescópica instalada na besta. Mirou na munição da metralhadora de S.

Viu os cartuchos que muniam a metralhadora.

Vidros com líquidos anestésicos em cartuchos de 1000 mg. Agulhas nas pontas.

Pink atirou a seta para o centro da luz e desviou-se.

Rolou para longe.

Desviou as energias de seu traje para aceleração e fuga. Acionou as patas. Correu. Parou nas sombras quando ouviu um disparo. Encaixou-se, miúda, num vão de parede.

Acionou a visão retrovisora. Outro disparo.

Pereira caiu. Pink entrou novamente na luz.

Corria a mil, alimentada pelos poderes conferidos a ela por Millius.

Woody Pereira, a Consciênscia distorcida, mas expandida do Dr. A, o Sr. X, eram fundamentais para os planos da ordem secreta. E para os seus.

E para sua vingança.

Pensava nisso e focava-se na missão.

Não ouvia a chuva de dardos anestésicos aterrissando no concreto atrás de si.

Apenas visava Pereira.

Finalmente o alcançou.

Um dardo a atingiu.

Ela o arrancou antes da toxina ser injetada.

Levou-o às costas e num mergulho radical sumiu nas trevas de um beco escuro e estreito.

As luzes de S. não mais os alcançavam.

Recolheu as patas e disfarçou o quanto podia.

Ela e o quase inconsciente Pereira perderam-se como bêbados nas vielas escuras.

Mas agora todos saberiam quem eles eram.

E sua riqueza estava ameaçada.

Mas não a vingança.

Bastava unir-se aos inimigos de meu inimigo, pensou Pink, batendo na cuca do corpo inconsciente de Pereira e lembrando-se da fórmula de regeneração celular arcana projetada por seu ex-amado.

PINK CORRENDO

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