PRIMEIRO MANIFESTO CONTRA AS REDES SOCIAIS OU TUDO O QUE VOCÊ AMA SERÁ ARREBATADO

Chega de discutir política nas redes sociais.
Chega de dar de bandeja suas preferências à quem você planeja atacar.
Chega de alimentar o sorriso dos robôs humanos e dos bots coletadores de dados da ultra-direita mundial.

Ou você não sacou que para atacar Bolsonaro, Trump, Edorgan, Salvini, etc, você precisa explicar a razão de seu ataque e com isso lhe dá todos os elementos necessários para prosseguir com suas calculadas sandices, pois já disse Shakespeare em Hanlet: “Há método na loucura”.

O método de Goebbels: usar da instituição – o Estado – para reforçar e conferir veracidade ao que é falso. Bem, ao menos ele tinha a seu favor o bom gosto de Leni Riefenstahl, a cineasta do Fuhrer e não as imagens violentas e chocantes, as declarações insanas e irracionais de nossa atual máquina estatal. Todas calculadas.

Não tenha dúvidas, elas são feitas sob medida para deixar superexcitado esse mosaico esquizoide chamado rede social. O que importa não é coerência, mas sim, gerar o máximo de impacto e engajamento humano nas redes sociais, e às redes sociais.
Bem vindo a nova fase do capitalismo: o que você mais ama é usado contra você mesmo.
As famosas preferências são vendidas a peso de ouro para o Estado que as volta contra vo
cê, cidadão. 

A maior arma desse sistema são os dedos com que agilmente você tecla no seu celular para protestar contra Bolsonaro e os idiocratas mundiais. Se quiser acrescentar Lula aqui, por mim, tudo bem. Já entramos no território do tanto faz.

E você aí, discutindo no Face, no Twitter, no Reddit, no Insta, no Youtube? Ah, faça-me o favor.

Caiamos fora dessa.

Que nas redes sociais reine o silêncio calculado, um mantra feito de links para blogs, sites, páginas pessoais – há tantas ferramentas gratuitas hoje em dia - que possibilitem o debate e a produção.

Escreva, cante, pinte, dance, filme, faça intervenções teatrais em praças públicas, poemas nas paredes do Esplanada do Ministério. 

Poste tudo em seu site, blog ou sei lá mais que ferramentas a web disponibiliza a nós, são inumeráveis.

Faça mais, discuta menos e, quando o fizer, nunca nas redes sociais, mas no seu meio digital. Esse é o verdadeiro protesto: múltiplas passeatas virtuais. O verdadeiro método para se calar essa grande boca falastrona que ameaça engolir o mundo.