De Onde Afogar Mágoas
Caso bebesse,
nunca seria cedo o suficiente
para afogar as mágoas,
as cicatrizes e feridas que se reabrem
todo santo dia.
As dores que florescem n’alma
durante a escuridão da noite.
No alívio angustiado de cada alvorada.
O sol, a luz, a vida,
Bem como a lua, a sombra e a morte,
Não passam de palavras vazias
que só mágoas levam e trazem
como uma ampulheta que lenta
Mas inexoravelmente se esgota
Num final que nada significa.
Ah, as mágoas, cedo afogaria caso bebesse.
Não bebo, então afogo-as nesses prantos
que não buscam ninguém
A não ser alguma tábua de salvação
flutuando nesse mar de tristeza
que restou de mim…
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Mande fumo pro Curupira