O que mais dilacera a alma…

 

 

 

 

Pobre menino rico

Vc diz.

Mas, eu te pergunto,

De que vale a mesa farta,

Se nela, festejam O espectro das palavras nunca ditas.

Fantasmas

dos sonhos, das esperanças, das ausências e dos amores

não concretizados.

 

E não sou rico.

Apenas um pobre diabo

Cansado das solitárias refeições

Impostas pelo destino…

Então você abaixa a cabeça e diz, num sorriso consolador:

--- Sempre resta a esperança.

Silêncio.

Não serei eu a dizer a ela.

Que justamente esta esperança

É o que mais dilacera a alma…

 

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