Triste Veneno

 

 

Tristecaminhada Deprimente. Papel de Parede

 

 

 

 

 

Sentei ao seu lado várias vezes.

Desejei-a com ardor.

Desiludido,

Desci à lama e ao pó para encontra-la,

mas ela, a Morte, sempre me enganou

Em beijos de múltiplas cicatrizes.

A Destruição, essa sim, cavalgou sobre mim.

O que restou desfolho em versos,

como uma botão multicor que,

ao toque,

abre-se para ser colhido.

  Mas esconde seu veneno 

na sedução de seu aroma.

E na sutileza das palavras não ditas.

Resta o silêncio,

essa lâmina afiada

que retalha e não mata,

e o esquecimento,

esse borrar de mim

lentamente esvanecendo

a cada novo dia.

 

Pequena benção nesse

triste veneno

que se tornou

meu mundo…

 

 

 

 

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