DEIXE-ME FALAR DE AMOR
Deixe-me te falar sobre o amor, nesses dias onde o sol é a
sombra das grades nas janelas em que persianas cerram os olhos para a paixão e
tudo é desalento sabor chumbo, aço, bala...
Deixe-me, eu posso...
Falar de amor, esse cristal líquido, denso que corrói o que sou,
me transtorna, torna-se víscera e vício.
Eu posso...
Senão, minhas sombras serão reveladas e o sol passará a ser
minha prisão, lá onde as persianas cerram os olhos, e o chumbo, a bala, o aço
atravessam meu coração.
Pois, embora possa falar de amor, te amar, meu amor...
Tem o gosto das coisas que o chumbo, o aço e a bala atravessam
em sua mortal trajetória.
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